quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ainda não vistes os Documentários Zeitgeist !?


Acredito que todas as épocas tiveram as suas teorias de conspiração, profetas que avisavam que o fim do Mundo se encontrava perto, enfim, ideias mirabolescas, histórias de cortar a respiração e que punham os ouvintes com a imaginação a extravasar os limites da lógica e do bom senso.
Quem não ouviu falar de Michel de Nostradame (vulgo Nostradamus, ou seja assim foi latinizado) e as suas profetizações escritas em livros (Centuries) que afirmavam ter contido em suas páginas todos os factos mais marcantes da Humanidade até ao seu término. Bem, como o supracitado ilustre viveu na época da Inquisição (1503-1566), para tentar driblar a censura e não virar churrasco, tratou de colocar as suas profecias em verso e escondidas em enigmas. Bem não eram enigmas enigmas, tipo enigmas da Esfinge nem nada disso. Mas não eram escritos de forma clara, directa e concisa (tal como a Bíblia) e por tal, sujeitos a várias e inúmeras interpretações, pelo que até hoje é muito difícil acertar num acontecimento futuro lendo as Quadras de Nostradamus, mas porém, muito fácil coincidir uma Quadra com algo que sabemos que sucedeu na História da Humanidade.



Bem andava eu no auge da minha adolescência, quando por uma colega de escola fui abordado e apresentado a esta individualidade. O que me disse foi parco, mas ainda me recordo bem das palavras (naquele tempo a minha mente ainda me fazia o simpático favor de guardar tudo o que eu fazia “Save As”) e como o significado delas soaram chocando com o sentido de lógica que eu tinha na altura:
- “ Tenho uma enciclopédia que fala dum fulano, que viveu no séc. XVI, que previu tudo, o que lhe foi possível previr enquanto estava vivo, morte de reis, pestes, guerras… previu a morte dele, e aconteceu exactamente como previra. Deixou escrito em livros o que ele previa para depois da morte dele e ele prevê uma Guerra Mundial para 1999.”
Este pequeno parágrafo, expresso oralmente, foi mais do que o suficiente para me despertar a atenção e exigir de forma muita polida (óbvio) que me fosse dada a chance de ver com os meus próprios olhos o referido livro e o referido artigo. Na presença dos mesmos pude constatar que era que dizia algo assim (prefiro, talvez erroneamente, o transcrever da minha mente que o googlar ou blacklear e depois copy paste):
“No ano de 1999,
decorridos 6 meses,
dos céus virá o Grande Rei do Terror,
antes e depois o Terror reinará”


Estávamos no ano de 1996, acreditando ou não, achei que seria melhor me informar mais, não fosse o desgraçado realmente ter razão (nunca se sabe). Encontrei como é óbvio, vários outros livros, e ganhei um certo conhecimento sobre tudo o que envolvia Nostradamus.


Mas a agitadíssima vida social dum teen na Tchom de Soncent, numa altura em que geração MP3 e PlayStation (que a meu ver quem conseguiu “caiambrar” o feeling que tínhamos em Soncent) ainda tinha catarro no nariz do lado de dentro e de fora, tempo esse em que o termo “Kasubodi” aos ouvidos dum sanvicentino deveria soar a algo como a um plágio da célebre caça à raposa que acontece nas terras de Sua Majestade, mas desta feita praticado nas Ilhas de Sotavento em que na falta duma raposa usariam um bode.


Bem nota-se claramente que a minha capacidade de síntese, hoje deve estar disable. Antes de perder o fio à meada, o que eu gostaria de frisar é que a maioria de conhecimento sobre Nostradamus que eu ganhei foram em tertúlias improvisadas e espontâneas, ou seja, na conversa com outras pessoas que sabiam mais ou menos acerca do assunto e que poderiam ou não referenciar as suas fontes.

Mas algo garanto... não despoletou nenhuma Guerra Mundial em 1999, mas… se analisarmos a quadra e trocarmos a data para o ano de 2001 e o mês de Setembro, não vos pareceria que o fulano teria razão? E eu li essa Quadra uns 5 anos antes de 2001…

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