quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Até Breve, Vadú!


No dia em que comemoramos a democracia, fomos, de uma forma violenta e fria, relembrados, recordados de quem é a grande democrata, a Rainha da Democracia do Reino dos Vivos... A Morte... essa mesmo, que não segrega nada nem ninguém, remetendo todos nós, seres vivos a um único grupo... O dos condenados, dos futuro mortos, os mortos wannabe. Bem, de facto, a nossa vontade em nada faz a diferença, só se for para apressar a sua vinda... a sua cruel, fria e certa visita. Sempre o disse, e repito, para morrer basta estar vivo. Mas recentemente, tem parecido que esta equação ganhou mais uma incognita ou mais uma parcela. Pois, sinceramente, parece que... hoje em dia, para morrer, basta, logicamente, estar vivo, mas se se for um bom artista ajuda, não só ajuda como acelera o processo aumentando a probabilidade de ser o seguinte.
Nestas ilhas, parece que a notariedade, dom e vocação para a as artes, faz com que a burocracia necessária para arranjar os bilhetes/passaporte/visa "para o caminho das estrelas" desapareça e acelere todo o processo.
E assim foi mais um amigo, mais um amigo cantor e compositor. Assim desapareceu mais um espirito leve, um optimista de profissão, alguém que tinha muito mais para dar, do que para receber deste mundo. E que nunca se duvide que a sua memória é eterna, tal como a sua alma.

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